Eu também não, assim como ninguém é 100% original, não cometa o erro de tentar ser.
Por muito tempo existiu em mim a crença limitante de achar que para criar algo realmente autentico eu teria que ser totalmente original, depender de alguma ideia totalmente inovadora, ou que algum tipo de criatividade ‘divina’ apareça, algo que venha totalmente de mim, sem nenhum tipo de referência.
Nesse artigo eu quero te mostrar o porquê você não deve ter esse tipo de crença, e como mesmo utilizando de boas referências para se criar, você não deixa de construir algo autentico.
Nossas maiores referências tiveram outras referências
Não só nossas maiores referências como também grandes nomes que conquistaram êxito em suas áreas, pintores, artistas, músicos… todos conscientes ou inconscientes buscaram referencias que trouxeram a criatividade que precisavam para construir suas próprias criações.
Eles não partiram do extremo zero.
Vários artistas na arte contemporânea adotam uma abordagem conhecida como ‘apropriação’.
Basicamente, antes de criar uma obra eles copiam diversos elementos, ideias e conceitos de outras obras, para que de cada cópia eles retirem referências na qual são usadas em uma criação própria, a tornando única, com um significado próprio.
O próprio Picasso disse;
‘Bons artistas copiam, grandes artistas roubam.”
Saber se inspirar sem plagiar.
Se até eles buscaram ter boas referencias para construir algo memorável, porque nos não podemos pegar algo que já funciona, colocar nossa visão de mundo e o tornar único?
E é exatamente o que eu gostaria que você fizesse depois desse conteúdo.
Adquira boas referencias e construir algo baseado na sua visão.
Como construir algo baseado na sua visão de mundo.
Após encontrar as melhores referências dentro da sua área de atuação, siga os passos a seguir;
Saiba mais sobre as minhas como encontro e os meus critérios de boas referências aqui; Como encontrar boas referencias que vão te alavancar
Passo 1; Limite sua lista;
Procure fazer uma lista somente com as que você julga ser as melhores referências para consumir conhecimento, lembrando o que eu já havia comentado em outro artigo;
Uma boa referência nem sempre está nos holofotes, possuem milhares de seguidores e vivem ostentando por aí, elas podem vir de um perfil pequeno, que você pode julgar de forma precipitada não ter nada para agregar.
Dica; Eles têm os melhores conteúdos na maioria das vezes, e sabe o melhor, são acessíveis e não vão se importar em ajudar você.
Voltando ao raciocínio, limite sua lista o máximo possível, por exemplo, após investir um bom tempo em pesquisas (recomendo uns 5 dias no mínimo) de quem são as melhores referências no seu nicho, você chegou em 10 nomes.
Escolha 3 desses 10, ou até melhor, escolha apenas 1.
Serio, já é muito difícil você estudar e aplicar tudo dentro do ‘universo’ daquela referência no assunto, e quando eu falo fazer parte desse ‘universo’ é realmente absorver todos os conteúdos que aquela referência tem disponível.
Tanto conteúdos gratuitos quanto os pagos se puder fazer esse investimento.
Agora, imagina você seguindo 10 referencias, primeiro que tu não vai ter cabeça para tanta informação diferente, segundo, que cada um ali possui um sistema de aprendizagem para te apresentar, não seria muito mais eficaz focar em apenas 1 e realmente aplicar o que foi ensinado?
Insight; Existe muito conteúdo de extremo valor gratuito hoje em dia, porém apenas 1% tem a ambição necessária de correr atrás deles, estudar e realmente aplicar.
Passo 2; Viva o mundo dessa referencia
Como eu comentei acima, você precisa fazer parte do ‘universo’ de criação da sua referência, consuma e anote tudo o que aquela referência tem a oferecer.
Conteúdos longos, como livros, caso essa referência escolhida tenha.
E conteúdos rápidos, como posts em redes sociais e vídeos.
Tenha preferencias pelos conteúdos longos, os fundamentos mais importantes sempre estarão ali.
Procure por;
- Podcasts
- Livros
- Redes sociais
- Vídeos
- Artigos
- Produtos
Passo 3; Construa
Existe uma linha bem tênue aqui, entre o aprendizado e a aplicação prática.
Você já ouviu falar do termo “masturbação mental”?
Indivíduos que buscam muito conhecimento, o que é sempre bem-vindo, mas quando chega o momento de aplicar, preferem ficar confortáveis.
De certa forma conquistam um certo ‘ego do conhecimento’, o que pode até ser confortante a curto prazo, mas não aplicaram aquele conteúdo que aprenderam, logo, não há Masterização das informações e muito menos o aperfeiçoamento a partir da prática.
E claro, não conquistam resultados concretos do que aprenderam por que nem se quer tentaram aplicar.
No longo prazo vivem frustrados por não ultrapassarem a barreira do apreendedor.
Se você passar de ‘apreendedor‘ para um ‘fazedor‘, eu tenho certeza que vai tirar lições valiosas no processo, mesmo se o que aplicou não “tiver dado certo”.
Você trilhou um caminho, descobriu novas informações, se desafiou durante o processo, isso por si só já não é importante para o seu progresso de longo prazo?
Nem todos vão gostar da sua visão, continue construindo mesmo assim.
Fato é, todo projeto que você tiver a coragem suficiente para executar vão existir dois tipos de públicos;
Os que vão adorar aquele seu conteúdo que contem sua visão de mundo, e aqueles que vão odiar esse mesmo conteúdo.
Você nunca vai conseguir agradar todos.
E tudo bem, as pessoas têm o direito de não gostar daquilo que você tem a oferecer, isso pode ocorrer por diversos fatores ou por simplesmente aquela pessoa não estar alinhada com aquilo que você está oferecendo no momento, e como eu disse, tudo bem!
Mas sabe o que mais incrível, a parcela de público que vai se alinhar com sua visão de mundo.
Eu já presenciei de perto isso acontecer, inclusive sigo a minhas referências escolhidas assim.
Elas vão acompanhar todos seus projetos, consumir todas as informações que você tem a oferecer, elas vão passar a confiar tanto no seu trabalho que quando você oferecer um conteúdo pago elas serão as primeiras a passar o cartão de forma genuína.
Isso porque você ofereceu tanto valor para elas que conquistou sentimentos valiosos; a confiança e a reciprocidade genuína delas.
A partir disso elas vão fazer parte da sua comunidade, vão querer se aproximar de você, até mesmo buscando uma conexão mais profunda de amizade.
E o que fazer com à parcela de pessoas que não gostou?
Se essa pessoa te der feedbacks construtivos, saiba ouvir, avaliar e implementar no seu processo de melhoria contínua.
Agora, se essa mesma pessoa tiver reações negativas ou ódio em posicionar a sua opinião sobre sua visão (os famosos haters) tenha a habilidade de não absorver nada sobre suas opiniões.
Igual aquele ditado popular; (pelo menos eu acho que é um ditado)
‘Entra em um ouvido, sai no outro.’
Algumas reações vão ser verdadeiros testes de resiliência, elas vão te desanimar e até mesmo entristecer você, mas, tu vai ter que aprender a lidar com isso, sempre acontece com qualquer pessoa, com coragem suficiente de construir e expor uma nova ideia.
Tenha isso em mente, “essa pessoa não tem a mesma visão de mundo que eu tenho, logo, o que ela me fala, não me serve” e siga a sua jornada rumo a evolução.
Quando você receber uma mensagem genuína de alguém que gosta do que você apresenta e o impacto que o mesmo teve na vida dela, você vai ver que tudo que vem sendo construído está valendo a pena.
“O ponto é: Não de ouvido aos seus críticos, ouça seus fãs” – Michael Scott
Resumindo, busque uma boa referência, viva o “universo” dela, a partir disso, desenvolva algo com a sua visão de mundo, se algumas pessoas não gostarem do que está oferecendo, continue construindo mesmo assim.
Espero que o artigo tenha te ajudado a ‘limpar’ suas crenças limitantes que vivem te dizendo que você deve ser original em tudo que faz.
Somos um eco de tudo que consumimos.
Obrigado por ler e até uma próxima.
Higor